Corpo de neto de juiz assasinado é identificado pelo DMIT
Detalhes
O corpo do jovem Harisson Pablo Rodrigues do Amaral, 18 anos, neto do juiz Leopoldino Marques do Amaral, foi identificado oficialmente pelo Instituto de Medicina Legal (IML) através da reidratação da impressão digital, um sistema muito utilizado pelos papiloscopistas para identificar corpos em estado de decomposição.
Por meio da coleta de um fragmento, foi possível fazer a reidratação e o confronto através do Instituto de Identificação.
Segundo o papiloscopista Wilton Souza de Arruda, com a reidratação foi possível seguir os trâmites legais realizados com a coleta de uma impressão digital comum.
Ele explicou que, apesar da identificação oficial, não será possível fazer a liberação do corpo para a família, pois é preciso descobrir a causa da morte do jovem, cujo corpo foi localizado na tarde da última quinta-feira (30) embaixo de uma ponte que liga os municípios de Cuiabá e Várzea Grande.
Como o corpo estava em decomposição, técnicos em necropsia vão confirmar se ele foi executado a golpes de faca, conforme foi relatado por um dos executores. Localização do corpo
A localização do corpo ocorreu após a prisão do casal T.S.M., 29 anos, e sua companheira A.S.R., 27 que teve a prisão temporária decretada. Os suspeitos foram presos numa loja de variedades na Avenida Gonçalo Antunes de Barros Neto, no bairro Carumbé.
Conforme a Polícia, o suspeito relatou que a vítima foi até sua residência para entregar uma motocicleta e eles acabaram discutindo por conta de uma rixa anterior.
Segundo o preso, Harrison portava uma faca e, durante uma briga, ele conseguiu tomar a arma e desferir golpes contra ele.
Vestígios de sangue encontrados pela perícia na residência indicam que o jovem foi morto no local e depois teve o corpo depositado embaixo da ponte, em uma região de mato. O corpo foi encontrado em estado de esqueletização. Desaparecimento
O jovem estava desaparecido desde o dia 17 de julho. Conforme o pai do jovem, Leopoldo do Amaral, o filho foi visto naquela noite, quando saiu com uma moto de um amigo, no bairro Três Barras, em Cuiabá.
Ele chegou a ficar algumas horas em uma festa que acontecia em um bar, mas retornou ao bairro Doutor Fábio para entregar o veículo para o proprietário, T.S.M.
“Depois disso, meu filho saiu para uma festa no CPA II e não foi mais visto”, informou o pai, em entrevista por telefone.
Leopoldo acrescentou que, em conversa com T.S.M., este explicou que entregou R$ 200 para o neto do magistrado, que seria para o pagamento de uma dívida de entorpecentes.
A partir dessa informação, policiais civis chegaram até o casal que foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver